Cinquenta anos após a estreia no Cinema Condes, no dia 7 de Março de 1958, com distribuição de Exclusivos Triunfo, saiu agora em DVD, em cópia restaurada, Sangue Toureiro, "o primeiro filme português colorido", como se lia no cartaz original, em que cada letra da palavra "colorido" tinha uma cor diferente.
Sangue Toureiro investiu na inovação da cor, e principalmente em Amália e Diamantino Viseu, ambos no pico da popularidade, ela no fado e ele nos touros, para chamar os espectadores às salas.
Para os papéis secundários, o produtor Manuel Queiroz e o realizador Augusto Fraga, que aqui se estreava na ficção após ter feito uma série de documentários, foram buscar nomes consagrados como Erico Braga e Josefina Silva; e novos talentos, como Carmen Mendes, Paulo Renato, Fernanda Borsatti e Raul Solnado.
Diamantino Viseu interpreta Eduardo de Vinhais, o filho de um rico lavrador ecriador de touros do Ribatejo, e antigo cavaleiro tauromáquico. Eduardo não quer administrar as propriedades da família, nem casar-se com Isabel (Carmen Mendes), sua namorada de infância e vizinha. Conhece então Maria de Graça (Amália), uma fadista de Lisboa com a qual passa a viver, e torna-se matador de touros. Depois de algumas peripécias, a respeitabilidade acaba por triunfar sobre a vida boémia e o apelo do redondel.
Frederico Valério compôs propositadamente seis fados para Amália cantar
Mesmo os versos destas cantigas não foram do total agrado da Amália, alguma delas ficaram por muitos anos no seu repertório. É uma boa oportunidade para ver uma peça que ja é parte da história do cinema português.
Fonte: DN-online
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