novembro 19, 2008

Ay, Mourir Pour Toi

Em 1957, na cume do sucesso da Amália na França e inspirado no “Ai, Mouraria” Charles Aznavour compõe uma cantiga especialmente para ela, o “Aïe Mourir Pour Toi”. Segundo o próprio Aznavour, ofereceu esta cantiga para Amália, por que só ela podería interpretar com a força dramatica que esta triste cantiga com ares de fado precisava.

Foi então que em 1958 se editou o EP “amália chante en français” cujo titulo em portugal é “amália canta em francês”, e assim que esta cantiga passou ao repertório da Amália, quase por obrigação, ja que quando ela pisava o palco do Olympia, era o própio Bruno Coquatrix desde os bastidores a dizer: Amália!... Aïe mourir pour toi... s´il vous plaît!

Na altura em que Amália triunfava neste grande palco Parisienne, Dalida começava a sua carreira, e se apressenta no Olympia em 1957 junto com Aznavour e Becáud. Segundo a Dalida, a mirabolante artista de origem Egípcia com ascendência Italiana, foi graças a Amália que ela chegou ao Olympia e entre outras cantigas do seu repertorio como “Barco Negro” de 1955, cantava o “aïe mourir por toi”.

Eis aqui um video onde podemos ver o grande talento destes três artistas cada qual a sua maneira interpreta este “fado parisienne”.


outubro 30, 2008

Lydia Scotty e Uma Casa Portuguesa

Esta artista Argentina esquecida no tempo, nasceu em Buenos Aires e começou sua carreira como vedeta de revista. Em pouco tempo conseguiu conquistar ao publico Americano e Europeio atingindo um grande sucesso em Madrid, Lisboa, Paris ou Montecarlo.

Em 1958 a Companhia espanhola de discos “Montilla” editou um Long-play de 10 polegadas, acompanhada pela prestigiosa Orquestra do Compositor Espanhol Augusto Algueró, que se chamou “Lidia Scotty- Canciones Internacionales” com seu nome errado na capa, aparecem entre outras cantigas, “Uma Casa Portuguesa” que Amália dera a conhecer no mundo inteiro através dos seus discos. O primeiro, em 78 rotações em 1953, mais uma versão no primeiro LP dos EEUU “Fado and Flamenco” em 1954, foram re-editado em discos de diversos países. Existe mais uma gravação dos anos 70 num LP francês que nunca foi editado em Portugal.

Esta cantiga identificou a Amália no mundo inteiro, graças a inocência desta melodia que ela misturava entre fados e folclore, esteve sempre presente nos espetáculos ou discos ao vivo.


Finalmente, um video homenagem a grande Vedeta Argentina que além de ter gravado “Casa Portuguesa” ou “Canção do Mar” atingiu com grande sensibilidade estes sucessos da Amália, confirmando a importância internacional que a “Rainha do Fado” tinha ja nos anos 50.




outubro 20, 2008

Amália e as novas artistas do fado.

Não existe dúvida alguma que Amália Rodrigues abriu novos caminhos no mundo inteiro para os artistas portugueses e ainda hoje graças a sua genialidade a música portuguesa tem um cantinho no basto universo musical. Amália continua a ser uma fonte de inspiração para as novas cantadeiras, a influência da Amália no Fado é tão grande que é quase imposível imagina-lo sem a imagem que ja temos na nossa memoria que Amália construiu através de mais de 50 anos de carreira. A maneira de cantar, os fatos de cena, até suas joias configuram hoje em dia o estereótipo duma Fadista.

Vejam a seguir este video, que tem a intenção de mostrar como até os gestos mais simples da sua “complexa simplicidade” são atingidos, de alguma maneira, pelos novos artistas.

Agradecimentos:
Bruno de Almeida- Arco Films.
Tiago- Canal de maxview444.
Reportágem CRTVG Companía de Radio Televisión de Galicia.


outubro 07, 2008

Sangue Toureiro. Faz 50 anos restaurado em DVD


















Cinquenta anos após a estreia no Cinema Condes, no dia 7 de Março de 1958, com distribuição de Exclusivos Triunfo, saiu agora em DVD, em cópia restaurada, Sangue Toureiro, "o primeiro filme português colorido", como se lia no cartaz original, em que cada letra da palavra "colorido" tinha uma cor diferente.

Sangue Toureiro investiu na inovação da cor, e principalmente em Amália e Diamantino Viseu, ambos no pico da popularidade, ela no fado e ele nos touros, para chamar os espectadores às salas.

Para os papéis secundários, o produtor Manuel Queiroz e o realizador Augusto Fraga, que aqui se estreava na ficção após ter feito uma série de documentários, foram buscar nomes consagrados como Erico Braga e Josefina Silva; e novos talentos, como Carmen Mendes, Paulo Renato, Fernanda Borsatti e Raul Solnado.

Diamantino Viseu interpreta Eduardo de Vinhais, o filho de um rico lavrador ecriador de touros do Ribatejo, e antigo cavaleiro tauromáquico. Eduardo não quer administrar as propriedades da família, nem casar-se com Isabel (Carmen Mendes), sua namorada de infância e vizinha. Conhece então Maria de Graça (Amália), uma fadista de Lisboa com a qual passa a viver, e torna-se matador de touros. Depois de algumas peripécias, a respeitabilidade acaba por triunfar sobre a vida boémia e o apelo do redondel.

Frederico Valério compôs propositadamente seis fados para Amália cantar em Sangue Toureiro, nesta primeira longa-metragem de ficção a cores: É Pecado; Sangue Toureiro; Amor Sou Tua; Samba! Samba!; Um Só Amor e Que Deus Me Perdoe.

Mesmo os versos destas cantigas não foram do total agrado da Amália, alguma delas ficaram por muitos anos no seu repertório. É uma boa oportunidade para ver uma peça que ja é parte da história do cinema português.

Fonte: DN-online

9 Anos sem Amália